terça-feira, 19 de junho de 2012

Descobertas


Desde pequena sempre fora uma garota curiosa e este vício de investigar a seguiu até em seu trabalho. Adora montar quebra cabeças da vida real.
Qdo adolescente ia para a cabine telefônica descobrir os telefones e endereços dos “desejados”. Obteve sucesso em grande parte destas procuras. Com alguns trocou cartas de amizades e até “amor”.
Mantém contato com pouquíssimas pessoas desta época, mas fez grandes amizades.
E desta vez não poderia ser diferente, ainda mais com toda a tecnologia à sua disposição.
Que fique bem claro, só descobriu pq seu sexto sentido não falha. Dizem que tem faro de cachorro. E com a pulga atrás da orelha e imbuída de um sentimento de curiosidade, por acaso, resolveu abrir a “caixa de Pandora”.
Olhando fotos e mais fotos e se atendo a detalhes jamais percebidos, ela deu continuidade à sua investigação.
E assim descobriu o que foi mentira e o que havia sido verdade. Na verdade, pouca coisa restou de veracidade.
Aquela sensação mágica de estar quase desfechando aquele caso e ao mesmo tempo tirando toneladas e mais toneladas de pesos das costas.
Fizeram-na se culpar e, com isso, sentia-se presa a um passado ingrato.
Tantos eram os personagens.
Hj entende o motivo de tais mensagens chegarem em plena madrugada. Coisas de fuso horário distintos.
As não vindas tão prometidas e perdoadas. Distância demais para poder se tornar concreto aquilo que talvez existisse apenas de um lado.
A falta de informação transparente. Não poderia discar um número de telefone, pois logo se veria que estavam em países diferentes.
Foram mtas lágrimas derramadas, mtas noites de agonia, mas que agora não fazem a menor diferença.
Apaixonou-se, fato!
Foi difícil esquecê-lo, porém hj não passa de um belo pulha nas fotos.
E por fim, “conheceu” mais pessoas e por causa disso não deixou que este caso fosse apenas mais um “arquivo morto”.
Sim, algo nele chamava a atenção dela. Talvez, características peculiares. Apenas os amigos confiáveis sabem quais são. Lindas, por sinal, porém tão sórdidas qto as dos demais.
Era diferente tbm, fazia algo que os outros não faziam e que ela admirava.
Cresceu no mundo artístico cheio de cultura e mta informação privilegiada. Sabe apreciar coisas que as pessoas que estão ao seu redor não se atêm. O que pode ser comum a ele, é incomum à maioria das pessoas que fazem parte do mundo dela. E ela adora o incomum!
Está esperando uma resposta para talvez, fazer com que esta descoberta se torne mais instigante.
Não tenhas medo. Ela não está magoada, pelo contrário, está esperando a oportunidade certa para que vc saiba o motivo dela não ter desistido deste mistério.
E de novo, o Oceano Atlântico a separa de alguém.
Salve a tecnologia! E se for p acreditar no mundo espiritual, digamos, salve o destino, pois coincidências assim não acontecem todos os dias!

“Em cada passo que eu dava nessa dança, ia perdendo a esperança (...) só sei dançar com você, isso é o que amor faz”

Bia Flor

Música – Só sei dançar com você – Tulipa Ruiz