quarta-feira, 25 de junho de 2014

"Porque toda mulher goza, primeiramente, pela mente"

Em tempo de Copa do Mundo no Brasil, não rola inspiração e nem tempo para postar um texto autoral. Mas achei esse bem bacana e recomento a leitura. 

Vem do blog http://www.casalsemvergonha.com.br/ e o texto segue logo abaixo do meu ponto de vista. 
Para as mulheres sim, para as "meninas" tanto faz. Num mundo onde o sexo é bastante acessível a essência se torna o "sex appeal" de tudo. Cada final de semana ou feriado com uma mulher diferente, que mal se conhece não é significado de garanhão, e nem auto afirmação, mas sim que o homem tem se tornado um mané e inseguro, complexado e vazio que precisa exibir as suas conquistas descartáveis desesperadamente com a desculpa mais esfarrapada do mundo "eu não quero um compromisso sério". Seja encantador e não um pseudo pegador sem critério de qualidade!! Deixem de ser previsíveis com curtidinhas esporádicas em fotos só para garantir o lanchinho dos dias de tédio. Trate a SUA mulher como se fosse a ÚNICA e a ÚLTIMA da sua vida!! E vice versa!! 
Bia Flor 

Segue o texto: 

"O sexo para a mulher, começa muito antes da cama e termina muito depois dela. Apesar de alguns homens estarem conscientes desse fato, poucos realmente o levam a sério. Mal sabem quantas oportunidades estão desperdiçando. Sempre conto esse segredo para os homens que atendo no meu consultório, inclusive me apoiando em depoimentos preciosos dados por mulheres com quem já conversei, como os abaixo:
“Não foi o tamanho do pau dele que me impressionou, mas a maneira como de manhã ele tratou aquela senhora que mal conseguia atravessar a rua. Sua delicadeza me deixou super-excitada.”
 “Ele se esforçou como um guerreiro, até broxou, mas foi a dignidade de olhar nos meus olhos e dizer que estava ansioso por me deixar molhada que me cativou para ter mais sexo com ele.”
 “Quando ele colocou gentilmente minha cabeça sobre o braço dele sem me fazer correr dali como uma vagabunda eu soube que ele seria o pai dos meus filhos. E foi.”
Não quero dizer que os corpos, as línguas, os toques e a força não contam para impressionar, mas a qualidade determinante está muito longe dos lençóis. A mulher goza, primeiramente, pela mente. É pela personalidade dele que elas se apaixonam. Pintos existem muitos, mas pessoas incomuns são raras. Ela até pode querer saborear uma foda incrível com um cara patético, mas entre essa rapidinha e o caráter de um aprendiz, ela prefere trabalhar em cima do valor que o principiante tem. E esse pequeno fator que faz a mente de uma mulher gozar é negligenciado pela maioria dos homens.
A mulher transa com uma narrativa que vai sendo tecida para além do desejo sexual –ela não é fisgada pela potência genital do homem, mas pela sua capacidade de penetrar o mundo. Não é da broxada, da falência e do erro que ela foge, mas dá incapacidade de reagir, retomar e se soerguer. A possibilidade de poder viver uma jornada ao lado de um homem incrível, a excita mais do que bombadas dadas por um cara de pinto grande. É por isso que, na maioria das vezes em que uma mulher recusa o sexo, ela está procurando o algo mais naquele homem. É um desafio para que ele tire a venda que está em seu coração e a penetre com o corpo todo, não só com o penis.
Ela se aborrece não pela ejaculação precoce, mas pelos olhos desconcentrados e a preocupação em parecer poderoso só para si mesmo. Ela fica seca com o egoísmo que a desconsidera como parte essencial do prazer do casal. Ela esfria quando ele tenta romper a meia luz envergonhada, por conta de uma dobrinha a mais, só para ver pornograficamente tudo as claras. Ela broxa se a mão dele está desatentamente gelada na hora do toque ou se ele nem se deu ao trabalho de aparar as unhas para masturbá-la. Não é com o tapa da bunda que ela se ofende, mas com a cegueira emocional de um homem tão autocentrado que nem a si mesmo enxerga. Degustar cada espaço, reparar no detalhe comum da dobra atrás do joelho, brincar com a água que espirra debaixo do chuveiro são êxtases silenciosos e superficialmente não sexuais. Para um olhar condicionado é apenas um ato comum.
O que esfria a mulher é quando a cama é só cama, de madeira, molas, espuma, genitais e movimento. O que a incendeia, ainda que ela diga que também gosta de sexo impessoal, é perceber pelo brilho nos olhos dele, que ele a enxergou por trás da bunda grande ou das coxas torneadas."

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Xeque mate?

As mãos trêmulas quase a impedem de escrever aqui. O coração pequenininho e apertado fazem os olhos se encherem de lágrimas, mas ela não as deixa cair, não pode, não aonde está e também prometera que não choraria mais por este motivo. Só que têm dias que a saudade bate e a ausência machuca. 
Anda pela rua, do jeito que ela se sente mais à vontade, mas não olha para cima, presta atenção nos pés e os passos são sincronizados com  a música que toca naquele momento. 
Os óculos escuros disfarçam o olhar sem brilho e o frio é desculpa para não sorrir. Talvez seja só sintoma dos malditos hormônios que a deixam instável, oscilante e sem cor. 
Nem o sol e o céu azul servem de motivação. Ninguém permitiu que não se deixasse abater. 
A vida vai seguindo, a capa de "mulher maravilha" está sempre impecável, não permite que alguém descubra que ela seja frágil e que vive se autodefendendo. Não ela, sempre tão dona de si! 
As pessoas que a conhece sempre se admiram com sua alegria e positividade, mas não percebem que não passa de uma pseudo felicidade, um escudo ou até um casco protetor para que ninguém perceba que ela quebra e pode se espatifar, já que existem mil pedacinhos colados de maneira quase invisível. 
Colocaram-na num jogo à força e ela não gosta de jogos. No início não percebeu que estava entrando num "WAR" da vida real. Nem sabe jogar isso... 
Quem a conhece sabe que este jogo está praticamente intacto na caixa, abriu-se raríssimas vezes e nunca o jogou até o final. Primeiro por não saber, segundo por não ter saco para ler o manual, terceiro por não conseguir entender o lance de conquistar territórios e quarto por saber que não seria uma boa adversária. No games!! 
Foi quando, de repente se viu no meio de uma batalha a qual seu maior inimigo era a pessoa que mais confiava, que mais queria próxima, que mais admirava, que mais queria bem. Como olhar para ele e aceitar que aquele seria o seu maior inimigo, o mais traiçoeiro de todos, o mais desunamo, o mais egoísta? 
Foi uma descoberta dolorida, que machuca até hoje, que tira o ar. Infelizmente ela tinha sido abatida. Aquele feixe de laser havia transpassado seu coração e seu cérebro, estava totalmente detonada. 
Destruíram a bonequinha mais uma vez... 
Como disse Amy Winehouse: "Love is a losing game".
Costurar seus próprios trapos e se refazer seria mais uma vez um desafio. Viu-se totalmente mutilada. 
Mas não podia ficar assim e foi se reconstruindo novamente. Só que alguns feixes não irão cicatrizar, como as outras feridas que deixaram cicatrizes. Não sente mais a dor, mas foram tatuadas pelo corpo. 
E assim, resolveu seguir, conhecendo novas pessoas, reencontrando outras, andando, dançando, sentindo o vento tocar no rosto, às vezes fazendo aliviar um pouco, outras nem tanto. 
Praquele adversário, tudo sempre foi um jogo, onde obrigatoriamente teria que existir um vencedor, mesmo que se usasse de meios cruéis.  Quase isso: "Na impossibilidade de lutarmos contra nossas fraquezas, resta-nos a baixeza maior: se alegrar com a derrota alheia." 
E enquanto ela disputava essa "guerra" sem saber apertar o gatilho, o maior desejo era que a figura criada por ela fosse sendo desfeita por milhões de defeitos inaceitáveis. Defeitos que vão totalmente contra os seus princípios, sim, princípios, ela preza por eles irrevogavelmente. 
E pede a Deus para conseguir se costurar, mesmo sabendo que para isso sentirá a dor da agulha transpassando seu corpo e sentindo a linha cosendo suas partes. 
E implora para sair desse jogo que só sabe fazer doer e você se tornar, falsamente, apenas mais um. 
Xeque mate?

"Well, I'm not being honest
I'll pretend that you were just some lover (...)
And when I'm hanging on by the rings around my eyes,
and I convince myself I need another, 
for a minute it gets easier 
to pretend that were just some lover."

Bia Flor

Música - Love is a Laserquest - Arctic Monkeys