Desde pequena sempre fora uma
garota curiosa e este vício de investigar a seguiu até em seu trabalho. Adora
montar quebra cabeças da vida real.
Qdo adolescente ia para a cabine
telefônica descobrir os telefones e endereços dos “desejados”. Obteve sucesso
em grande parte destas procuras. Com alguns trocou cartas de amizades e até
“amor”.
Mantém contato com pouquíssimas
pessoas desta época, mas fez grandes amizades.
E desta vez não poderia ser
diferente, ainda mais com toda a tecnologia à sua disposição.
Que fique bem claro, só descobriu
pq seu sexto sentido não falha. Dizem que tem faro de cachorro. E com a pulga
atrás da orelha e imbuída de um sentimento de curiosidade, por acaso, resolveu
abrir a “caixa de Pandora”.
Olhando fotos e mais fotos e se
atendo a detalhes jamais percebidos, ela deu continuidade à sua investigação.
E assim descobriu o que foi
mentira e o que havia sido verdade. Na verdade, pouca coisa restou de
veracidade.
Aquela sensação mágica de estar
quase desfechando aquele caso e ao mesmo tempo tirando toneladas e mais
toneladas de pesos das costas.
Fizeram-na se culpar e, com isso,
sentia-se presa a um passado ingrato.
Tantos eram os personagens.
Hj entende o motivo de tais
mensagens chegarem em plena madrugada. Coisas de fuso horário distintos.
As não vindas tão prometidas e
perdoadas. Distância demais para poder se tornar concreto aquilo que talvez
existisse apenas de um lado.
A falta de informação
transparente. Não poderia discar um número de telefone, pois logo se veria que
estavam em países diferentes.
Foram mtas lágrimas derramadas,
mtas noites de agonia, mas que agora não fazem a menor diferença.
Apaixonou-se, fato!
Foi difícil esquecê-lo, porém hj
não passa de um belo pulha nas fotos.
E por fim, “conheceu” mais
pessoas e por causa disso não deixou que este caso fosse apenas mais um
“arquivo morto”.
Sim, algo nele chamava a atenção
dela. Talvez, características peculiares. Apenas os amigos confiáveis sabem
quais são. Lindas, por sinal, porém tão sórdidas qto as dos demais.
Era diferente tbm, fazia algo que
os outros não faziam e que ela admirava.
Cresceu no mundo artístico cheio
de cultura e mta informação privilegiada. Sabe apreciar coisas que as pessoas que
estão ao seu redor não se atêm. O que pode ser comum a ele, é incomum à maioria
das pessoas que fazem parte do mundo dela. E ela adora o incomum!
Está esperando uma resposta para
talvez, fazer com que esta descoberta se torne mais instigante.
Não tenhas medo. Ela não está
magoada, pelo contrário, está esperando a oportunidade certa para que vc saiba
o motivo dela não ter desistido deste mistério.
E de novo, o Oceano Atlântico a
separa de alguém.
Salve a tecnologia! E se for p
acreditar no mundo espiritual, digamos, salve o destino, pois coincidências
assim não acontecem todos os dias!
“Em cada passo que eu dava nessa
dança, ia perdendo a esperança (...) só sei dançar com você, isso é o que amor
faz”
Bia Flor
Música – Só sei dançar com você –
Tulipa Ruiz