Domingo, dia que ela já gostou tanto, e se tornou um dia amargo.
Ela se tornou meio amarga, descrente, desanimada...
Ainda não perdeu o encanto, continua "irritantemente apaixonante", mas o tempo passou. Lá fora pode estar tudo igual, dentro dela mta coisa mudou.
Dizem que ela é divertida, talvez seja mesmo, só que não se sente assim. Principalmente aos Domingos.
Não sabe se seria melhor uma ressaca de nem conseguir se levantar da cama ou estar totalmente lúcida e ver o dia se arrastar deixando rastros de solidão pelo caminho.
Falta vontade de quase tudo.
Do messenger que já foi tão amigo, de telefonar p alguém e jogar conversa fora, de sair de casa e se encontrar com alguns raros amigos que restaram nesse lugar, de ficar deitada na cama olhando p teto, de ver TV e até de escrever.
Acredito que a única vontade seria ter uma máquina do tempo ou um teletransporte.
Voltar a ser criança e ficar nesse mundo mágico por mto tempo, momento da "Síndrome de Peter Pan".
A única conclusão que consegue chegar é que crescer dói! E como dói!
Como era boa a época em que se apaixonava pelo gatinho do filme, da TV e suspirava profundamente acreditando que um dia iriam mesmo se encontrar.
De ganhar um brinquedo sem ser uma data especial ou até mesmo nas datas comemorativas.
De chegar em casa toda machucada de tanto se esbaldar na rua e ainda levar aquele sermão dos pais e algumas chineladas (proibidas por lei hj em dia. Nunca se traumatizou por causa disso e aprendeu mto com elas).
De espalhar todas as Barbies pela casa, montar todos os acessórios e fazer uma bagunça enorme com as amigas.
Das risadas sem fim com os primos.
Das férias de verão.
Da escola.
Dos Domingos em que passeava pela avenida de mãos dadas com os pais.
Das revistinhas em quadrinho. Amava a Luluzinha, Bolinha, Aninha...
Do cheiro que a infância tinha...
E de mais um tanto de coisas boas que só se voltasse no tempo, poderia viver novamente.
E assim vai passando esse dia de Domingo, com lembranças e mais lembranças, alegres e tristes, mas que continuam nítidas na memória.
Bia Flor
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário