sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sonhos Inexplicáveis

Todas as vezes que ela tem esses sonhos fica assim, meio sei lá. A semana até que foi tranquila. Só não conseguiu dormir bem e teve mto sono durante o dia. Mais uma vez vive um conflito dela com ela mesma.
Sonhou e acordou assustada as 05:00h. Ainda escutou as últimas palavras que estava dizendo durante aquele tormento.
Será que isso nunca vai acabar?
Não é um pesadelo pq não pode se dizer que é um sonho ruim, mas tbm não é um sonho bom daqueles que não se quer acordar.
Ela se lembra de que algumas pessoas estavam em um lugar, tipo uma fazenda antiga.
O dia estava feio, parecia que havia chovido um dia antes. Mta lama, cheiro de chuva.
Os carros todos estavam imundos.
Tanta gente estranha naquela casa, mas quem importava tava lá: a melhor amiga, o filho postiço e algumas pessoas que ela nunca viu.
Andava sozinha no meio de um matagal enorme.
Parecia feliz mesmo sem entender o porquê de estar ali. Só o fato de estar já completava parte do quebra-cabeça.
Depois de mto tempo andando sozinha, algumas pessoas chegaram e uma delas foi falar com ela.
Estava com a camisa branca suja de poeira e lama.
Segurou-a pelos braços, olhou p ela e pela primeira vez disse que aquilo nunca havia existido. Que tudo era fruto da imaginação dela. Que não houve promessas, não existiu sentimentos e nem aquilo era real. E se por acaso fosse realidade, não se passava de mera diversão.
Ela tentava falar alguma coisa, mas sua voz não saia.
De repente, ela estava deitada junto com algumas meninas num lugar que parecia ser uma capela. Talvez a capela daquela fazenda estranha. E no sonho, ela acordou e se lembrou de uma superstição - todas as vezes que se entrar pela primeira vez em uma igreja ou capela, faz-se três pedidos e estes serão atendidos. E no sonho, ao acordar, ela pediu chorando e, foi nesse momento que ela acordou falando alguma coisa e fazendo o Sinal da Cruz.


"PEDAÇOS DE MIM

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por um instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir, para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo."

Martha Medeiros


Bia Flor

Um comentário:

  1. È triste...
    Mas talvez mais real que um sonho...
    talvez seja o sinal que esperava...

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