Passam-se meses, anos e de repente, se pega longe, pensando numa época que não volta mais.
Lembra-se com alegria e um tiquinho de dor, afinal o que aconteceu parece que ficou no passado.
Por mais que ela esconda de todo mundo que não se importa mais, que nem se lembra mais, sabe que certas datas serão inesquecíveis.
Não tem mais notícias. Todos os personagens sumiram como uma miragem no deserto. Só restaram as fotos, os emails, as conversas virtuais e a dor da saudade.
Na verdade, tudo se resume no que leu hj: "O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções."
Talvez ele nem se lembre mais dela. Não se lembre das juras de "amor eterno", do discurso "torto" pedindo-a em casamento, não se lembre que ela, um dia, foi a mãe do filho dele, não se lembre das risadas madrugada a dentro e nem das lágrimas de despedida.
Cada um seguiu seu caminho e o elo foi quebrado.
Nasceu a decepção por ter acreditado numa pessoa totalmente diferente daquela que se mostrava ser. Mas, nem assim, ele caiu no esquecimento. Só deixou de ser o ator principal.
Ela tbm foi uma decepção, mas mesmo que não fosse, viveriam de promessas não cumpridas, afinal o "destino" colocava milhões de empecilhos no caminho de ambos.
Digamos que hj ele vá até a "puta que pariu" se encontrar com uma gaja qualquer, mas olhar o brilho dos olhos dela... Ah, pra isso ele nem se quer se levanta do sofá! O "graaaaaaaaande amor!"!!
E aí, ninguém espera o "bendito" a vida toda, né?
Acontece de se conhecer outras pessoas, tentar fazer dar certo, criar novas amizades e até se encantar por alguém que lhe dê um ombro amigo.
Só que todo mundo desapareceu como num "passe de mágica".
E num belo dia, ela resolve escrever aquilo que a borracha já deveria ter apagado.
Do "filho" postiço ela não irá se esquecer nunca, nem deixar de amá-lo.
Do ombro amigo, hum... Talvez aquelas bochechas rosadinhas e os cachinhos simpáticos ainda a fará rir das besteiras que foram ditas em um dia qqr.
E do "graaaaaaande amor"... Quem sabe se ele se mostrar de verdade quem é, sem máscaras, sem fingimentos, sem hipocrisias... Afinal, "se o amor quiser mudar as leis do que é certo, ele faz com que o improvável aconteça". E o que antes era "anônimo" pode se tornar real.
Bia Flor
Música - Exato Momento - Zé Ricardo
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